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Visual Testing: Um pilar do Quality Assurance

A importância dos elementos visuais de um software na experiência de usuário não pode ser subestimada: mesmo que ele esteja operando perfeitamente (em termos de performance, função e segurança), inconsistências na interface podem pôr tudo a perder. É daí que vem a importância do Visual Testing na qualidade do software.

Continue a leitura para entender melhor esta modalidade crucial de testes e, também, como aplicá-la.

UI em ordem

O Visual Testing é uma modalidade de testes focada na validação de aspectos visuais da UI (User Interface ou Interface de Usuário). A ideia é garantir que a interface seja exibida de maneira consistente em todas as plataformas, navegadores e dispositivos em que o software ou site deve rodar.

Via de regra, os testes visuais são feitos tirando capturas de tela do software e comparando-as com os modelos de referência do programa. Neste comparativo, é possível visualizar mudanças e encontrar inconsistências.

Os tipos de falhas mais comuns são o desalinhamento de elementos; imagens quebradas; esquemas de cores incorretos; e problemas na exibição de textos. As mudanças são chamadas de “visual diffs” ou “pixels diffs”.

Testes visuais muitas vezes são confundidos com testes funcionais, mas seus propósitos são distintos: uma funcionalidade pode estar operando corretamente, mesmo com os controles sendo exibidos de forma incorreta; e vice-versa.

Existem 3 abordagens possíveis na configuração desse tipo de teste:

  1. Executar testes visuais dedicados;
  2. Inserir checkpoints visuais em testes funcionais já existentes;
  3. Inserir validação visual implícita em frameworks de testes já existentes.

Naturalmente, a mais recomendada é a primeira, já que garante uma cobertura maior e, também, mais precisão nos resultados. Por outro lado, há o desafio de configurar os testes e de inseri-los no fluxo de desenvolvimento sem prejudicar outras etapas.

Já as abordagens 2 e 3 são mais práticas, porém mais limitadas.

Manual x Automatizado

Da mesma forma que ocorre com outras modalidades, os testes visuais podem ser executados de maneira manual ou automatizada.

A validação manual dos screenshots é, em tese, simples. Contudo, está sujeita a falhas humanas, inconsistência nos resultados (já que profissionais diferentes podem ter interpretações distintas sobre uma mesma diferença visual) e demora na execução.

É por isso que cada vez mais organizações têm adotado ferramentas de automação de testes visuais.

As ferramentas normalmente têm uma ou mais destas quatro funcionalidades:

Automatizar o visual testing ajuda a garantir maior agilidade e consistência nas análises. Por outro lado, configura-los exige conhecimentos técnicos específicos – e, quanto maior for a complexidade do software e a variedade de browsers, sistemas e dispositivos, maior é o desafio. Também há o risco de resultados falsos (sejam eles positivos ou negativos), embora este possa ser mitigado por meio de IA e ML (Machine Learning).

E tanto a execução manual como a automatizada demandam uma manutenção constante e cuidadosa da biblioteca de referências que são usadas nos comparativos. Elas devem estar sempre atualizadas para que os resultados dos testes sejam confiáveis.

Um aliado do usuário

A prática contínua do visual testing é essencial para garantir uma boa experiência de usuário, independentemente da versão do software ou do dispositivo/browser/plataforma utilizado.

Ela também pode servir de base para testes de acessibilidade, já que os elementos visuais ajudam a guiar esse tipo de teste.

Da mesma maneira que ocorre com outras modalidades de teste, é recomendável incluir o visual testing em mais de uma etapa do desenvolvimento – não apenas no final ou em baterias de testes de regressão.

 

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