User Acceptance Testing: Os Maiores Erros e as Melhores Práticas

Os UATs (User Acceptance Tests, ou Testes de Aceitação de Usuário) são a “última barreira” antes que um software ou sistema vá para produção e, portanto, sua importância não pode ser subestimada. Afinal, eles ajudam a identificar falhas e pontos de melhoria que escaparam das fases anteriores de Quality Assurance (QA).

Se forem feitos às pressas ou de maneira descuidada, vão comprometer a qualidade da aplicação, a experiência dos usuários e a reputação da empresa responsável.

Continue a leitura para ficar por dentro dos passos essenciais, dos erros mais comuns a serem evitados, e das melhores práticas que irão ajudar você a extrair o potencial dos seus UATs.

Como estruturar UATs de forma eficiente

Existem 7 passos que você deve seguir para garantir que seus testes de aceitação de usuário tenham uma base sólida:

1. Definir Objetivos Claros:

Da mesma maneira que ocorre com outros tipos de testes, primeiro é essencial definir claramente seus objetivos. Isso inclui entender quais funcionalidades ou aspectos do sistema serão testados, quais são as expectativas dos usuários finais e quais são os critérios de aceitação para cada funcionalidade.

2. Elaborar Casos de Teste Detalhados:

Desenvolva casos de teste detalhados que abranjam uma variedade de cenários de uso, incluindo casos típicos, excepcionais e de borda. Certifique-se de que os casos de teste sejam claros, específicos e mensuráveis, para que os resultados dos testes possam ser facilmente interpretados.

3. Designar Usuários Representativos:

Seja criterioso na hora de selecionar os usuários finais que irão participar dos testes. Eles devem ser representativos do público-alvo e ter um bom entendimento das suas necessidades e expectativas. Além disso, é importante garantir que os usuários selecionados tenham tempo e recursos disponíveis para dedicar aos testes.

4. Fornecer Orientações Claras:

Dê aos usuários finais orientações claras sobre como realizar os testes, quais funcionalidades devem ser testadas e como relatar quaisquer problemas encontrados. Certifique-se de que eles entendam a importância dos testes e como sua participação contribui para o sucesso do projeto.

5. Utilizar Ferramentas Adequadas:

Considere o uso de ferramentas de gerenciamento de testes e colaboração para facilitar o processo de UAT. Essas ferramentas podem ajudar a organizar casos de teste, acompanhar o progresso dos testes e facilitar a comunicação entre os membros da equipe.

6. Estabelecer um Processo de Feedback:

Implemente um processo claro para coletar e gerenciar feedbacks dos usuários durante os testes. Isso pode incluir formulários, reuniões periódicas ou outras formas de comunicação. Certifique-se de que os usuários se sintam confortáveis para relatar problemas e sugestões de melhoria.

7. Documentar Resultados e Ações Corretivas:

Registre cuidadosamente os resultados, incluindo quaisquer problemas encontrados, sua gravidade e ações corretivas a serem realizadas. Isso vai ajudar a garantir que os problemas sejam abordados de forma eficiente e que lições aprendidas sejam documentadas para futuros projetos.

Desafios e erros comuns em UATs

Em um cenário ideal, o passo-a-passo explicado na seção anterior seria suficiente para evitar problemas na execução dos testes. Contudo, é normal que haja “armadilhas” no processo – e, ao tomar conhecimento delas, fica mais fácil evitá-las:

1. Falta de Envolvimento dos Usuários Finais desde o Início:

Um dos maiores desafios em UATs é a falta de envolvimento dos usuários finais desde as fases iniciais do projeto. Isso pode levar a uma desconexão entre o que foi desenvolvido e as reais necessidades dos usuários. Para solucionar esse problema, é importante envolvê-los desde o início do projeto, garantindo que suas necessidades e expectativas sejam levadas em consideração durante todo o processo de desenvolvimento.

Contudo, é preciso tomar cuidado para não “influenciá-los” a ponto de terem um nível de conhecimento muito acima daquele de usuários reais – gerando resultados enviesados e pouco representativos.

2. Casos de Teste Mal Elaborados:

Casos de teste mal elaborados podem levar a resultados imprecisos e dificultar a identificação de problemas no software. Para evitar esse problema, é importante dedicar tempo e esforço para desenvolver os casos, abrangendo uma variedade de cenários de uso e considerando as principais funcionalidades do software.

3. Comunicação Inadequada entre as Equipes:

Falhas na comunicação podem resultar em mal-entendidos, atrasos na resolução de problemas e, em última análise, em um processo de UAT ineficiente.

Uma comunicação transparente e regular entre desenvolvedores, analistas de negócio, testadores e usuários finais ajuda a garantir que todos estejam alinhados em relação aos objetivos e expectativas dos testes.

4. Resistência à Mudança por Parte dos Usuários:

Alguns usuários finais podem resistir à mudança e relutar em adotar novas funcionalidades ou sistemas. Isso pode dificultar a realização de testes eficazes e a obtenção de feedback útil.

É importante fornecer treinamento e suporte adequados aos usuários, explicar os benefícios das mudanças e envolvê-los ativamente no processo de UAT, demonstrando como o software atende às suas necessidades e simplifica suas tarefas.

5. Falta de Priorização e Recursos Adequados:

Às vezes, os UATs são relegados a segundo plano ou não recebem os recursos e a atenção necessários para serem realizados de forma eficaz. Isso pode resultar em testes superficiais, problemas não detectados e lançamentos de software de baixa qualidade.

Para evitar esse cenário, é importante priorizar os UATs e alocar os recursos necessários, incluindo tempo, pessoal e ferramentas, para garantir que os testes sejam realizados de forma abrangente e rigorosa.

6. Falta de Documentação e Aprendizado:

Por fim, a falta de documentação adequada dos resultados dos testes e a ausência de um processo estruturado para aprender com os erros e melhorar continuamente podem comprometer a eficácia dos UATs.

É crucial documentar cuidadosamente os resultados dos testes, incluindo problemas encontrados, ações corretivas tomadas e lições aprendidas, para que possam servir de referência futura e contribuir para a melhoria contínua do processo de desenvolvimento de software.

Ao aplicar essas lições à realidade da sua organização, você poderá realizar testes de aceitação com muito mais eficiência e aproveitamento. E, se quiser ter resultados ainda melhores, clique aqui e agende uma conversa com um profissional Prime Control.

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