Até 2030, espera-se que a indústria bancária passe por uma série de transformações significativas, impulsionadas principalmente pelos avanços na tecnologia e pelas mudanças nas preferências dos consumidores. No entanto, essas mudanças também trazem consigo riscos cibernéticos e desafios relacionados a crimes financeiros, que se tornam cada vez mais sofisticados e prejudiciais. Nesse contexto, os testes de software desempenharão um papel crucial na segurança e na proteção dos sistemas bancários.
Ataques cibernéticos e crimes financeiros são ameaças à indústria bancária
Os riscos cibernéticos continuarão a ser uma ameaça constante para a indústria bancária. Com o aumento da conectividade e da digitalização, os bancos se tornam alvos cada vez mais atraentes para criminosos cibernéticos, hackers e grupos organizados.
Os ataques a sistemas bancários podem incluir roubo de dados, violações de segurança, fraude eletrônica e ataques de negação de serviço (DDoS), entre outros. À medida que as instituições financeiras adotam tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, blockchain e internet das coisas (IoT), novos vetores de ataque também surgem, exigindo medidas de segurança aprimoradas.
Um estudo da Deloitte sobre o futuro da indústria bancária até 2030 aponta oito tendências que irão transformar o setor. Riscos cibernéticos e crimes financeiros (CyFi) estão entre eles. A pesquisa diz que os métodos tradicionais e isolados não estão mais protegendo os consumidores de crimes financeiros complexos e sofisticados e que esse é um dano que pode comprometer gravemente a reputação das instituições financeiras. Portanto, usar tecnologias emergentes para tornar as ameaças visíveis e detectar fraudes com eficácia é imperativo.
Uma pesquisa global de 2022 da PWC que analisa também o Brasil em relação às questões atuais que tiram o sono dos CEOs, entre outros aspectos que incluem questões econômicas, como cadeia de suprimento, instabilidade macroeconômica e conflitos geopolíticos, os crimes cibernéticos preocupam mais. Questionados o quanto as empresas que os CEOs lideram estão expostas aos riscos cibernéticos, 25% deles no Brasil e globalmente tem os riscos cibernéticos em um marco temporal de cinco anos. Esse temor só perde para a instabilidade macroeconômica.
Uma outra pesquisa realizada pelo Institute of International Finance (IIF) e Mckinsey confirma que o risco cibernético é uma das principais preocupações das empresas de serviços financeiros e aponta como essas organizações podem habilitar e fortalecer a resiliência cibernética.
O relatório Cyber Resilience Survey: postura de segurança cibernética da indústria de serviços financeiro aponta que um tema-chave é a criação de controles de segurança cibernética em cadeias de suprimentos, incluindo riscos de terceiros, em áreas como gerenciamento de acesso remoto de fornecedores, monitoramento de atividades e risco de concentração.
A pesquisa ainda aponta que a automação está sendo amplamente adotada nesse contexto e isso poderá ser seguido em breve por elementos de computação cognitiva. O relatório ainda inclui uma série de recomendações e práticas do setor que as empresas podem utilizar para aprimorar sua postura de segurança cibernética.
Além dos riscos cibernéticos, os crimes financeiros, como lavagem de dinheiro, fraude e financiamento ao terrorismo, continuam sendo uma preocupação para a indústria bancária. Os criminosos estão constantemente desenvolvendo métodos mais sofisticados para ocultar suas atividades ilícitas e explorar possíveis brechas nos sistemas bancários. Esses crimes podem resultar em grandes perdas financeiras para os bancos, bem como em danos à reputação e confiança dos clientes.
Testes de software para prevenção de riscos cibernéticos na indústria bancária
Diante desses riscos, os testes de software desempenham um papel vital na mitigação e prevenção de ameaças cibernéticas e crimes financeiros. Os testes de segurança, em particular, ajudam a identificar vulnerabilidades nos sistemas bancários e a garantir que as medidas de proteção estejam adequadas e atualizadas. Isso inclui testes de penetração, análise de código, testes de intrusão e simulações de ataque para avaliar a resiliência dos sistemas.
Além disso, os testes de software também são fundamentais para garantir a qualidade e a confiabilidade das aplicações bancárias. Com a crescente demanda por serviços digitais e móveis, os bancos estão constantemente lançando novas versões de aplicativos e atualizações em seus sistemas. Os testes rigorosos são essenciais para garantir que essas aplicações funcionem corretamente, sem bugs ou falhas de segurança.
Os testes de software devem ser contínuos e abranger todo o ciclo de vida dos sistemas bancários, desde o desenvolvimento até a manutenção. As equipes de teste devem estar atualizadas com as últimas tendências em riscos cibernéticos e crimes financeiros, a fim de projetar testes abrangentes e eficazes. Além disso, a automação de testes, o uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina, e a colaboração com especialistas em segurança podem melhorar ainda mais a eficácia dos testes.
Conclusão
Em resumo, até 2030, os riscos cibernéticos e crimes financeiros continuarão a ser desafios significativos para a indústria bancária. Os bancos devem priorizar a segurança cibernética e adotar medidas abrangentes de proteção. Os testes de software desempenharão um papel crucial na identificação de vulnerabilidades, garantindo a qualidade dos sistemas bancários e protegendo os clientes contra possíveis ameaças.