O crescimento vertiginoso da conectividade ao redor do mundo nos últimos 3 anos, acelerado especialmente pela pandemia de Covid 19, trouxe consigo maiores desafios envolvendo a segurança cibernética.
Machine learning, malwares polimórficos, inteligência artificial e exércitos de bots: confira as maiores tendências de cybersecurity esperadas para 2023.
IA e ML: A assimilação das máquinas
Quanto maior a conectividade, maior a superfície vulnerável a ciberataques.
Além da ascensão do trabalho remoto, devemos levar em conta também a popularização dos objetos inteligentes (falaremos deles mais tarde), o 5G e a digitalização crescente de cadeias de suprimento.
Neste cenário, as tecnologias de machine learning e inteligência artificial se mostram tanto aliadas como possíveis inimigas dos profissionais de segurança cibernética.
Por um lado, elas oferecem meios para detectar novos ataques, fazer previsões e aumentar a agilidade das respostas a invasores. Aplicadas com inteligência, podem tornar aplicativos e sistemas mais seguros do que nunca.
Por outro, são “armas” à disposição de agentes mal intencionados, capazes de identificar e explorar vulnerabilidades; imitar o comportamento humano para burlar ferramentas de segurança e disseminar malware; além de tornar os malwares propriamente ditos mais sofisticados e difíceis de combater.
A ameaça dos malwares polimórficos
Com modificações sutis, um mesmo vírus pode driblar os mecanismos de detecção sem grande dificuldade. É como um vírus biológico que, por meio de mutações, é capaz de superar a proteção oferecida por vacinas ou pelo próprio sistema imunológico.
Esse tipo de característica já foi encontrado nos mais variados tipos de malware:
- Ransomwares, que criptografam dados sensíveis e os tornam “reféns” a serem devolvidos mediante o pagamento de resgate;
- Adwares, que bombardeiam o usuário com propagandas questionáveis;
- Rootkits, que dão a hackers acesso direto ao dispositivo do usuário;
- Manipuladores de browser, que redirecionam o usuário a sites maliciosos;
- Keyloggers, que gravam a digitação para roubar senhas.
Um malware polimórfico se transforma por meio de algoritmos de ML e scripts de IA e, dependendo de sua sofisticação, pode até mesmo enganar autenticação em dois fatores e outros métodos de segurança.
Em 2023, há grandes chances de esse tipo de ameaça se tornar mais comum.
Legiões de bots
A periculosidade dos bots cresce junto com a sua automação, e esse tipo de software malicioso tende a se tornar mais prevalente no próximo ano.
Espalhando-se a partir de dispositivos conectados em rede, os bots infectam novos dispositivos e os transformam em fontes de contaminação. São mais um exemplo de ameaça que deve crescer por conta de machine learning e inteligência artificial.
Objetos inteligentes (inseguros)
IoT (sigla em inglês para “Internet das Coisas”) se refere a dispositivos e equipamentos que podem ser lidos, reconhecidos, localizados e controlados via internet.
Entre os exemplos mais comuns, temos assistentes pessoais como o Echo Dot da Amazon, smartwatches, gerenciadores de “casas inteligentes” e carros com automações.
A conveniência oferecida por essas máquinas tem uma contrapartida grave em termos de segurança cibernética: além de aumentar a superfície de ataque, elas são difíceis de proteger, dada a sua reduzida capacidade de armazenamento e processamento.
Tornar seguros os aplicativos que rodam em dispositivos de IoT é um grande desafio por si só, e tende a ser uma prioridade no próximo ano.
Outros tópicos
- Ransomware deve continuar sendo uma das principais ameaças de cybersecurity em 2023;
- Se a tendência de 2022 se mantiver, mais organizações irão utilizar estruturas na Nuvem;
- A proteção das cadeias de suprimentos deve ser uma prioridade no próximo ano;
- O low code tende a se popularizar dentro das empresas, aumentando a colaboração entre equipes de segurança e não especialistas.
Em suma, a importância da segurança cibernética só tende a crescer em 2023.
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