É possível manter o Compliance diante das transformações aceleradas e mudanças regulatórias?

A nova face do compliance é adaptável, rica em dados e orientada por tecnologia. As mudanças na área de compliance têm foco regulatório em nível global que impacta na privacidade e proteção de dados dos consumidores. Além disso, a constante evolução do cenário de risco exige uma abordagem mais proativa e colaborativa para reimaginar a função dos profissionais da área.

A pesquisa da Accenture que traz esses dados questiona se o compliance consegue acompanhar as mudanças que estão ocorrendo, e em alta velocidade. Para responder a esse questionamento, a Accenture entrevistou 860 líderes de compliance em 10 setores, incluindo Chief Compliance Officers, Chief Risk Officers e chefes de funções de compliance no mundo todo.

Apesar das pressões que aumentam em velocidade e escala, o estudo detectou que foram realizados avanços significativos para estabelecer um sistema de trabalho que seja mais responsivo e ágil. A maioria dos entrevistados (95%) disse que construiu ou está construindo uma cultura de conformidade para compartilhar a responsabilidade em toda a empresa. No entanto, muitos desses profissionais acreditam que é necessário dar mais ênfase à função para de fato fortalecer o compliance.

As soluções de conformidade não poderão ser as mesmas já utilizadas diante de transformações tão aceleradas, revela o estudo. Crises imprevistas, alterações regulatórias e a crescente complexidade dos dados são algumas das mudanças que estão exigindo mais colaboração e proatividade das funções de conformidade.

Os dados e a tecnologia – ainda que esta última seja o maior desafio para os líderes de conformidade – são essenciais para construir uma função de conformidade à prova de risco. Por isso a necessidade de revisão de processos, recursos e abordagens da função.

E que práticas a pesquisa identificou como sendo um caminho a ser adotado por líderes de compliance para uma função mais adaptável?

Menos de 20% dos entrevistados dizem que o seu processo de avaliação de risco está integrado. Então, a primeira recomendação é liderar a participação do C-suite em todas as funções para garantir o alinhamento da conformidade e estratégias de negócios. Para tanto, é necessário compartilhar dados e informações com toda a empresa.

Pouco mais da metade dos entrevistados notou a ausência de dados pra identificar e avaliar adequadamente a exposição dos negócios a riscos de terceiros. Daí decorre a segunda recomendação do Compliance Risk Study — 2022: crie uma base sólida de tecnologia e dados para geração de insights em ritmo acelerado e tomada de decisão ágil e bem informada.

Por fim, a terceira indicação da pesquisa é superar o desafio de custo, sempre presente, por recursos de apoio corretos ou terceirização de operações de conformidade e serviços de mudança regulatória. Nove em cada 10 entrevistados esperam que seus custos aumentem em 30% nos próximos dois anos.

A conformidade é essencial para que as empresas mitiguem riscos e tomem decisões de investimento sólidas. Para enfrentar o cenário de mudanças rápidas e evoluir com ele é necessário que os líderes de conformidade envolvam o C-suite e estejam abertos para repensar o seu modelo de negócio.

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