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Automação de Testes de Interface do Usuário (UI): estratégias e desafios.

Interface Gráfica do Usuário (GUI) ou simplesmente Interface do Usuário (UI) é o dispositivo que permite que os usuários acessem as principais funcionalidades de uma aplicação. Os testes automatizados de interface do usuário referem-se ao uso de ferramentas ou estruturas específicas para automatizar os processos de teste, antes realizados de forma manual, com o objetivo de verificar a funcionalidade da interface do usuário.

Quais funcionalidades são essas e por que isso é importante? Os testes automatizados de interface do usuário simulam as interações do usuário final de uma aplicação. Dessa forma, automatiza as entradas que esse usuário faria, como login e senha, e testa a funcionalidade lógica de cada componente, a exemplo dos botões. Esse processo de automação ajuda a incorporar testes de interface do usuário à fase de desenvolvimento do software – e não apenas ao final do processo – e ainda avalia e gerencia os resultados obtidos com os próprios testes.

Por que as empresas deveriam investir cada vez mais na automação de testes automatizados, entre eles os testes de interface do usuário? Uma resposta simples seria: porque se o usuário encontrar dificuldades em interagir com um aplicativo com erros, bugs e baixa usabilidade, vai preferir o produto concorrente. Ninguém gosta de perder tempo tendo que adivinhar como algo funciona ou ter que repetir o mesmo comando várias vezes para obter sucesso. Em suma, não faça o usuário ter que descobrir como o seu aplicativo funciona. Proporcione a ele uma experiência fluida, descomplicada.

Do ponto de vista da equipe de desenvolvimento, os testes automatizados de IU trazem muitas vantagens também. Entre elas estão o aumento da cobertura de testes, maior agilidade na realização dos testes se comparado aos testes manuais, processo escalável com a reutilização de scrips de testes, menos erros e maior custo-benefício.

Vejamos então algumas abordagens que permitem usufruir dos benefícios da automação de testes de interface do usuário:

1.Não confie apenas em testes automatizados de UI

Os testes automatizados da interface do usuário estão no topo da pirâmide de testes ágeis. Isso significa que no meio da pirâmide estão os testes de API, de componentes e de integração (20%) e na sua na base estão os testes unitários (70%).

A ideia de utilização da pirâmide ajuda a visualizar que os testadores devem ser capazes de detectar 90% dos bugs nos níveis mais baixos, deixando o mais alto nível como um escudo a mais de defesa. Por isso que uma boa prática é não confiar apenas nos testes automatizados de interface do usuário. Em um nível mais baixo os testes são mais rápidos e mais baratos.

2.Use padrões e princípios de design de teste

Os padrões de design se aplicam a problemas específicos, independentemente da linguagem ou paradigma utilizados. Já os princípios de design se aplicam a qualquer contexto. Um desses padrões é o Page Objects. Os chamados Objetos de Pagina dão consistência aos testes automatizados de interface do usuário ao evitar duplicação de código, ao melhorar a legibilidade e organização do código para interação das páginas web.

Durante os testes, há sempre a necessidade de interagir com as páginas e os objetos (elementos de entrada, botões, imagens) contidos nelas. O padrão Page Objects usa esse requisito e aplica princípios de programação orientada a objetos, o que força a interação com todas as páginas e elementos como objetos. Para isso, cria-se uma referência a cada um dos Objetos de Página com uma ação associada, um clique por exemplo.

3. Executar todos os testes em todos os navegadores de destino é redundante

Não apenas é redundante como desnecessário quando o objetivo é verificar a compatibilidade do navegador, ou seja, saber se o aplicativo funciona corretamente nos browsers suportados. Um conjunto de testes bem-sucedidos já será suficiente para checar a interação dos elementos e a execução dos principais fluxos de trabalho.

Em um campo de pesquisa, por exemplo, o que precisa ser garantido é que a entrada (termo pesquisado), o botão de pesquisa e os termos da lista de resultados funcionem bem para os navegadores suportados. A ideia aqui é verificar o comportamento de dois elementos em diferentes navegadores e não a relevância da pesquisa realizada.

4. Nomeie seus testes com sabedoria

Nomear os testes de forma correta traz clareza sobre o que exatamente está sendo testado, independentemente de quando o teste foi criado. Isso também facilita o trabalho em equipe e a entender – quando houver quebra de funcionalidade – o que realmente falhou. Então, da próxima vez que for dar nome a um teste, forneça uma ideia descritiva ao invés de algo totalmente aleatório.

5. Reduza ao invés de adicionar comentários

Uma boa característica dos testes é que sejam claros e simples de ler. Por isso, ao invés de ser tentado a deixar um comentário no código, pode ser criada uma função, colocar esse código dentro dela e dar a essa função um nome razoável. Assim é mais simples e fácil.

6. Use testes baseados em dados

Há muitas combinações a serem testadas nos seus testes? Ao usar testes orientados a dados, um único teste e uma matriz de dados dará conta de executar todas as diferentes combinações de dados. Tornar o teste longo demais o tornará difícil de usar e insustentável de manter.

Conclusão

Há muitas outras abordagens para a realização de testes automatizados de UI além das seis que listamos neste artigo e desafios para manter o controle de qualidade de software também. A diversidade de dispositivos e sistemas operacionais requer uma ampla infraestrutura de testes e isso leva a grandes investimentos para configurar laboratórios. Some-se a isso ao desafio em identificar as ferramentas de automação certas para testes extensivos e a necessidade de uma equipe com conhecimentos técnicos complexos e uma série de habilidades para executar os testes com padrão de qualidade.

Para uma automação confiável de testes de interface do usuário, a sua empresa pode contar com nossos profissionais. A Prime Control tem os melhores especialistas em testar e melhorar o processo de desenvolvimento de programas, apps, websites, integrações e muitos outros.

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