A explosão do trabalho remoto em 2020 colocou sob os holofotes o potencial das soluções baseadas na nuvem. Há muito a ser explorado nessa abordagem – mas para isso, é preciso ter estratégias claras e uma atenção especial à segurança. Do contrário, a solução se converte em risco, e a nuvem gera uma tempestade.
Mobilidade e colaboração
Para que o trabalho remoto seja verdadeiramente flexível, é importante que o colaborador tenha acesso fácil e estável às suas ferramentas. A maleabilidade dos serviços na nuvem vem ao encontro dessas demandas.
Outro ponto importante é a facilidade da colaboração oferecida por determinadas aplicações – como o Google G Suite, o Microsoft Office 365 e o Trello. De fato, o próprio alcance que essas e outras soluções atingiram reforça o vínculo possível entre nuvem e trabalho colaborativo.
Expandir a abordagem dentro da organização, porém, não é necessariamente uma tarefa simples. É preciso considerar questões legais e de segurança antes de se mergulhar em um projeto como esse.
Contudo, esse tipo de cuidado não é motivo para barrar a expansão – são, sim, ingredientes necessários para uma implementação sólida e segura.
Recuperação e continuidade
Soluções de recuperação de desastres (disaster recovery ou DR) baseadas na nuvem têm ganhado mais espaço após as mudanças provocadas pela pandemia. Em estudo recente do Gartner, apenas 12% dos participantes disseram que suas operações continuavam normalmente mesmo com a Covid-19. Uma situação preocupante.
Cabe trazer à tona a abordagem da continuidade: uma série de estratégias para que as operações de um negócio continuem funcionando antes (prevenção), durante (resistência) e após (recuperação) uma crise. As redundâncias de ambientes que operam em nuvem podem ser cruciais para essa abordagem.
E a segurança?
Existem alguns elementos essenciais para tornar segura uma expansão das ações “em nuvem” no negócio:
- Proatividade: controles preventivos ajudam a evitar acidentes ou ações maliciosas. É superior a uma abordagem meramente reativa.
- Rapidez: vale a pena sempre investigar se há na solução aceleradores nativos, que permitam uma implementação rápida de segurança. Assim, evita-se que vulnerabilidades permaneçam abertas por longos períodos;
- Custo-efetividade: é importante comparar as soluções nativas e as externas para ver quais, no fim das contas, terão uma efetividade que compense os custos. Isso também ajuda a evitar retrabalhos;
- Escalabilidade: automação e processos de auto-recuperação facilitam a expansão da estratégia, e diminuem as chances de erro;
Além disso, a segurança deve estar presente em todos os momentos de implantação, não apenas no final.