3 desafios dos testes contínuos (e como superá-los)

Uma empresa grande, com sua complexa estrutura e sua cultura enraizada, pode ter mais dificuldades do que uma pequena na hora de implementar testes contínuos. Contudo, não há dúvida de que vale a pena enfrentar o desafio – e há bons exemplos de sucesso para facilitar a tarefa.

Confira a seguir cases de três grandes organizações e saiba como superar barreiras aos testes contínuos.

Expandindo a automação de testes (Linde plc)

O valor da automação de testes propriamente dita é evidente. Saber como implementá-la, porém, não é nada óbvio. É preciso ser seletivo na escolha dos testes, fugindo da tentação de automatizar tudo o quanto antes.

Eis algumas boas práticas implementadas pela multinacional Linde plc, uma das maiores companhias de gás do mundo:

  • Analise os processos da empresa e descubra onde a automação terá maior impacto. Via de regra, é melhor automatizar um pequeno (mas seleto) conjunto de processos de alto impacto do que automatizar centenas de testes fracamente estruturados.
  • Pare de considerar o número de testes automatizados como uma medida de progresso. De que adianta automatizar vários testes que, no fim das contas, focam no mesmo problema? É um desperdício de recursos e de esforço – mascarado por um “avanço aparente”.
  • Não se apegue a soluções adotadas – se elas não se encaixam no funcionamento da organização mesmo após adaptações, é melhor descartá-las e seguir adiante.

Preparando funcionalidades para o lançamento (Moët Hennessy-Louis Vuitton – LVMH)

Implementar novidades em uma aplicação é louvável, mas é importante tomar cuidado para não prejudicar as funcionalidades já existentes. Além disso, não se pode perder de vista as expectativas do cliente e a qualidade do software como um todo.

É mais difícil averiguar se uma funcionalidade está pronta para lançamento quando há várias equipes envolvidas nos componentes e camadas da aplicação: muito provavelmente cada uma está seguindo seu ritmo e suas próprias práticas de testes. O usuário final, porém, não tem nada a ver com essa história: apenas quer que tudo funcione como prometido.

É com isso em mente que a Moët Hennessy-Louis Vuitton (que está por trás de marcas de luxo como TAG Heuer, Dom Perignon e Christian Dior) aprimorou seu processo de testes. Há boas lições para se aprender:

  • Utilize uma abordagem estruturada para testar novas funcionalidades. Na Moët Hennessy-Louis Vuitton, cada equipe de QA investigou profundamente o “DNA” da marca e as personas que representam o público-alvo. Com base nisso, desenvolveram novas estratégias de teste para ver como os clientes interagem com a marca.
  • Reaproveite. Eles montaram uma biblioteca de componentes de testes que permitem uma reutilização de 70-90% entre projetos. Estes componentes são usados em diversas ferramentas de automação de testes – que, no caso, comportam-se como humanos em uma grande variedade de dispositivos. Dessa forma, é possível testar desde os primeiros estágios do desenvolvimento e assegurar um feedback rápido.
  • Facilite a conexão. A infinidade de dados de testes das diversas plataformas  é integrada em um painel que permite avaliar facilmente o estágio em que as atualizações se encontram em tempo real. Com esse dashboard é possível ter insights por persona, feature e camada técnica..

Equilibrando colaboração e autonomia (Dell)

Um desafio típico de grandes organizações é encontrar o ponto de equilíbrio entre a autonomia de suas equipes e a colaboração entre elas. Para promover sinergias entre 30 divisões, contemplando mais de 20 frameworks de automação de testes, a Dell precisou desenvolver uma estratégia peculiar:

  • Abstrair é crucial. Após analisar de maneira ampla (filosófica, até) os elementos de sucesso de DevOps, elaboraram uma arquitetura abstrata de CI/CD/CT que especificava as atividades que seriam focadas (gerenciamento de requerimentos, gerenciamento de testes, controle de fontes etc.) sem prescrever detalhes de implementação para completá-las.
  • Foco na tarefa, não no framework. Para promover os testes contínuos, eles criaram uma camada  que permite encontrar e executar ativos sem se preocupar com qual framework está sendo usado. Com isso, todos podem compartilhar resultados sem que equipes específicas precisem se comprometer.

Estas e outras boas práticas são referências valiosas, mas cada organização tem seu próprio caminho, com desafios e facilidades na implementação de uma sólida estrutura de testes. Clique aqui e agende uma conversa com um especialista da Prime Control para levar sua organização a um novo patamar.

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